segunda-feira, setembro 24, 2012

Zombies



Hoje andando pelas ruas de SP, no meio daquela muvuca toda,
pessoas indo e vindo, esbarrando uma nas outras,
sem nenhuma troca de olhar
avistei um homem encolhido no chão
ao lado dele, dois policias que estavam em pé,
em suas mãos protegidas com luvas descartáveis
o homem aparentava ter uns 50 anos de idade com um olhar profundo
no pedido de "socorro",
o sangue era tanto que começou a escorrer pelo chão,
aquele sangue todo, estava saindo pela sua boca,
ele começara a agonizar ...
ele ali deitado se preparando para uma talvez morte ...
e as pessoas que passavam, preocupadas com seu próprio umbigo
 sem ao menos um olhar, sem perceber,
o que estava acontecendo ali,
naquela hora ele era um nada...
- Lyn -


quinta-feira, setembro 20, 2012

Nó nos cordões de minha cabeça

Começo com um desculpa,
desculpas por tudo aquilo que fiz
daquilo que cometi ao ser infeliz
armadura que coloquei sem sorrir
me protejo com palavras e gestos
para não admitir
o quanto sinto falta de você perto de mim
corrói as lágrimas ácidas
que escorrem pelo meu rosto
os dias de chuva
quando vejo o quanto é bom estar em nós
entregue-se eu grito!
mas me viro
estou entorpecida doce união
peço desculpas por estar amarga
pois estou machucada
ao estar aprisionada
com seu olhar
já estou tão exausta
me dê ar para respirar
pra poder gritar
o que realmente quero falar ...
- Nilya -

domingo, setembro 16, 2012

Borra de café


Quem é esse me pergunto que entende minha esquizofrenia,
6/32 de minha bestice dilascerada
na chave canhota entrelaçada,
tinha se perdido e foi recuperada,
desencaixada música que soa por um instante
rit ma do, ao léu do inconstante...

Eh medo do tempo ...
as vezes por um instante sua vida pode mudar,
as vezes por um instante se perdeu em aspirar,
as vezes me sinto trouxa em deixar passar,
Aquele tempo que podia aproveitar.

tudo se confunde na borra de café
- Nilya -

segunda-feira, setembro 03, 2012

Ah!

Entre mil pensamentos
e nenhuma palavra a propagar ...
me ajude a respirar!
estou afogada no meio de tantas palavras
e nenhuma sai da minha garganta
quando me passo a te encontrar.
- Nilya -